domingo, 30 de novembro de 2008

Fotos: Praça da República

Equipe:

* Patrícia Alves
* Penéllope Aquino
* Renata Gabrielle
* Roberto Gonçalves




sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Fotos: Praça da República

Equipe:
• Ayla Nogueira
• Beatriz Gálvez
• Leandro Tabosa
• Luciana Lima
• Natália Oliveira




LUCIANA LIMA


LEANDRO TABOSA


LEANDRO TABOSA


NATALIA OLIVEIRA


LUCIANA LIMA


LEANDRO TABOSA


NATALIA OLIVEIRA


NATALIA OLIVEIRA


LUCIANA LIMA


LEANDRO TABOSA


NATALIA OLIVEIRA


NATALIA OLIVEIRA


LUCIANA LIMA

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Margaret Bourke-White

Nasceu em 14 de junho de 1904 em New York e cresceu em Bound Brook, New Jersey. O pai, Joseph White, era um ávido fotógrafo amador que revelava as suas fotos na banheira e em seguida as pendurava para secar por toda a casa. O fascínio de Bourke-White pelo mundo industrial data também da adolescência e foi-lhe transmitido também pelo pai, inventor e engenheiro de uma tipografia industrial. Por volta de 1912 ele levou-a a uma fundição: o drama e intensidade desta cena permaneceram na sua mente durante anos.

Bourke-White ingressou na Columbia University no outono de 1921 e na primavera teve aulas de fotografia com Clarence H. White, um dos maiores fotógrafos desse tempo. Durante o curso tomou contato com as teorias da composição de Arthur Wesley Dow's que se inspiravam no design moderno e nos princípios do abstracionismo. Ainda durante os estudos descobre que a fotografia pode dar lucro e subseqüentemente constrói a sua carreira baseada não só no seu talento como fotógrafa, mas também no seu entendimento de como as imagens podem contribuir para a identidade coletiva. Bourke-White muda-se para Cleveland em 1927, num período em que a cidade experimenta uma expansão industrial e econômica. Outras mulheres fotógrafas da época - Berenice Abbott, Imogen Cunningham e Dorothea Lange - começaram as suas carreiras como retratistas. Mas Bourke-White reconhecia cedo o poder da fotografia industrial quer como estética para os media, quer como proveitosa forma de lucro.

Pelos idos de 1928, as fotografias de Bourke-White apareciam em jornais e revistas por todos os Estados Unidos. Em 1929, Bourke-White foi convidada a tornar-se "fotógrafa estrela" da nova publicação de Luce, a revista Fortune. O plano de Luce era usar a fotografia para documentar todos os aspectos do negócio e da industria, algo que nunca havia sido tentado antes. A carreira de Bourke-White é inimaginável sem a sua relação com o império media de Luce. O seu estilo único, a sua engenhosa e impagável autopromoção numa época de admiração pelos self-made men e as suas fortunas, a sua veneração pela indústria ela própria e a sua homenagem fotográfica ao capitalismo e à tecnologia tornam-na a lente perfeita para ver através dos olhos de Luce.

Bourke-White mudou-se para Nova Iorque em 1930 e nesse mesmo ano é enviada para o estrangeiro para captar o rápido crescimento da indústria alemã. Maiores ambições para esta viagem conduzem-na à União Soviética com o marido Erskine Caldwell, país onde até então nenhum jornalista estrangeiro havia sido autorizado a documentar os progressos da indústria. A União Soviética havia construído mais de 1500 fábricas desde 1928 sobre as diretivas de um plano de industrialização rápida e Bourke-White tinha a intenção de registrar este crescimento em filme.

Bourke-White regressou aos Estados Unidos com uma maior simpatia pelo sofrimento do trabalhador americano. Em Julho de 1935 discute o seu desejo de desenvolver "uma técnica de foto realismo" com o editor da Fortune e explica "enquanto é muito importante tirar uma fotografia que cause uma forte impressão, de uma linha de fumos ou de uma coluna de dínamos, está-se a tornar cada vez mais importante refletir as vidas que passam por trás dessas fotografias."

Desejosa de combinar a sua habilidade de fotógrafa com uma crescente consciência social, a sua nova associação com Luce em 1936 fornece precisamente o escape, e Bourke-White tornou-se um dos quatro fotógrafos do staff da Life. A nova revista Life assume uma postura de interesse humano e a primeira missão de Bourke-White, em Outubro de 1936, foi fotografar a construção de Fort Peck Dam em New Deal, Montana. A edição inaugural utilizou a fotografia de Bourke-White do Dam na capa. Suas fotografias dariam o tom à revista durante anos.

Ela foi a primeira mulher correspondente de guerra, e a primeira a ser autorizada a trabalhar nas áreas de combate durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1941, viajou para a então União Soviética assim que a Alemanha quebrou seu pacto de não agressão. Bourke-White era a única fotógrafa estrangeira em Moscou quando as forças alemães invadiram o país. Se refugiando na Embaixada dos Estados Unidos, registrou alguns momentos importantes. Enquanto a guerra progredia, ela foi agregada a força aérea americana na África do Norte, na Itália e, posteriormente, Alemanha.
Na primavera de 1945, Margaret viajou durante o colapso da Alemanha com o general George S. Patton. Nesse período, chegou a Buchenwald, o notório campo de concentração. Atribuem a ela a seguinte citação: "Usar a câmera era quase um alívio. Ela formava uma tênue barreira entre mim e o horror a minha frente". Depois da guerra ela produziu um livro sobre a vivência, um projeto que a ajudou a retornar a vida cotidiana depois de toda a brutalidade que tinha testemunhado durante e depois da guerra.
Bourke-White tinha o dom de estar no lugar certo na hora certa: ela entrevistou e fotografou Mahatma Gandhi apenas algumas horas antes de ele ser assassinado. Eisenstaedt, seu amigo e colega de profissão, disse que uma de suas maiores qualidades era que não havia trabalho ou fotografia a que ela não desse importância. Também começou o primeiro laboratório de fotografia na Life.

Em 1956, Bourke-White foi diagnosticada como portadora da doença de Parkinson e gradualmente retira-se da fotografia profissional. Faleceu no Connecticut em 21 de Agosto de 1971 em complicações originadas por uma queda.


Fila para entrega de pão durante a enchente de Louisville, Kentucky, EUA - 1937


Dr. Kurt Lisso, tesoureiro da cidade de Leipzig, sua esposa e filha, depois de terem tomado veneno para não terem de se render as tropas dos EUA, Leipzig, Alemanha - 1945


Fabrica de Bandeiras, Brooklyn, New York, EUA - 24.07.1940


Gandhi - 1946


Mineiros de Johannesburgo, África do Sul 1959


Alunos da Juventude Nazista, Alemanha - 1938


Forte Peck Dam, Montana, EUA - 1936


Prisioneiros em Buchenwald, Alemanha - 1945


Presos em Buchenwald, Alemenha - 1945


Cidade de Nuremberg (Alemanha) destruida pela 2a Guerra Mundial - 1945

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

MARC RIBOUD


“Eu sempre fui muito mais sensível à beleza do mundo que à violência e aos monstros. Descobrir as rimas e o ritmo no meu visor é ainda um imenso prazer. Existem diferentes maneiras de ver. Eu tenho a minha. Para mim, olhar e fotografar uma cena de rua ou uma paisagem de brumas é um pouco como escutar música. Isso me ajuda a viver. Depois de cinqüenta anos, eu mudei minha maneira de viver? Eu acredito que não. A gente muda raramente. Fotografo diferentes coisas da mesma maneira. Quando me perguntam qual a minha melhor foto, eu respondo: Eu espero faze-la amanhã,e eu tentarei mudar meu olhar. Em vão.”

Marc Riboud nasceu no dia 24 de junho de 1923, em Lyon, França. Quando ele tinha quatorze anos, na Exposição Universal de Paris, ele tira suas primeiras fotos com uma câmera Vest-Pocket que seu pai lhe deu de aniversário.

De 1945 a 1948, Riboud estudou engenharia na Escola Central de Lyon.
Em Villeurbanne, de 1948 a 1951, ele trabalhou em uma usina. Durante uma semana de férias que Marc Ribout tirou para fotografar o Festival de Lyon, ele se esquece de voltar à usina e resolve se dedicar inteiramente à fotografia.

Ele passa uma temporada em Nova York e descobre que as fotografias são honrarias em museus.
Em Paris ele conhece Henri Cartier-Bresson e outros fundadores da Magnum. Robert Capa,o então presidente da Magnum, o convida a fazer parte do grupo, em 1953. Na revista Life, ele consegue publicar uma foto de um pintor da Torre Eiffel.

Capa o envia à Londres para observar as garotas e aprender inglês. O inglês ele não aprendeu, mas fotografou intensamente.
Ele começa a viajar para outros lugares do mundo: visita a Índia, a China.
Em 1959, ele foi eleito vice-presidente da Magnum na Europa.

Após uma temporada de 3 meses na URSS em 60, ele faz a cobertura da independência na Algéria e na África negra.

Em 1966, ele ganha o prêmio da L’overseas Press Club pelo livro “The three Banners of China”. Depois de realizar reportagens noVietnam, ele é novamente recompensado com o prêmio da L’overseas Press Club pelo ensaio “Faces of North Vietnam”.
Nos anos 80, ele viaja para o oriente médio, para o Cambodja, retorna à China, vai ao Japão. Mas ele nunca se esquece de fotografar a França, seu belo país.
bras/Exposições:

1996: Forty years of photography in China. Exposition à Paris, Londres, New York, Beijing, Hong Kong, BilbaoÉ

2000 - 2001: Publication de Istanbul 1954 - 1998, Imprimerie Nationale Editions, Paris.

2002: Recebe o prêmio Life Time Achievement, em Nova York.

2003 Publication de Demain Shangai, Delpire Paris 2003, que acompanha a exposição no Musée Carnevalet, à Paris
“Minha obsessão: fotografar mais intensamente possível a vida mais intensa.”





Walter Benjamin

BIOGRAFIA

Nascido em Berlim, filho de um rico antiquário de origem judaica, Benjamin tinha uma verdadeira paixão colecionadora. Colecionava, entre outras coisas, livros infantis e citações. Alguns de seus principais textos são construídos à base de citações sobre citações, ou seja, um mosaico filosófico.

Benjamin não viveu tempos amenos. Com a ascensão de Hitler, ainda na década de 30, a situação para os judeus na Alemanha foi se tornando insustentável. Benjamin então se refugia em Paris, terra do romancista Marcel Proust (de quem fez a primeira tradução alemã) e de seu deus, o poeta Charles Baudelaire (1821-1867). Foi inspirado por Baudelaire e pelas galerias da Cidade-Luz que o filósofo resolveu conceber sua mais ambiciosa obra, o Trabalho das Passagens.

O texto não foi concluído e somente seria editado muitas décadas depois da morte de seu autor. É também durante essa temporada parisiense que Benjamin tenta uma reaproximação com o judaísmo através do plano de emigrar para a Palestina, para onde já tinha se encaminhado seu amigo, o historiador da mística judaica Gershon Sholem.

No inverno de 1939-1940, com o suposto perigo dos bombardeios sobre Paris fez Benjamin buscar refúgio em Meaux, cidadezinha do interior da França. Embora nenhuma bomba caísse sobre a capital francesa, Meaux era local de concentração do exército e um alvo óbvio para um ataque alemão. Antes, no final da década de 20, perseguira sua grande paixão, a atriz Asja Lacis, em pleno inverno moscovita. Retornou deprimido e solitário.

Walter Benjamin se suicidou em Port Bou, na fronteira da França com a Espanha, em 26 de setembro de 1940. Com medo da captura pelas tropas franquistas e depois de saber que a passagem para a Espanha estava fechada, Benjamin tomou uma grande quantidade de morfina durante a noite. Apavorados com o suicídio do filósofo, no dia seguinte os oficiais da fronteira permitiram que os demais integrantes da caravana de refugiados seguissem em direção a Portugal. Afinal, a proibição de passar para a Espanha tinha valido apenas para o dia anterior. Justamente o dia em que Walter Benjamin escolhera para sair da França.

PENSANDO A FOTOGRAFIA

No seu artigo “A Obra de Arte na Época da sua Reprodutividade Técnica”, Walter Benjamin afirma que “com a fotografia, pela primeira vez, a mão se liberou das tarefas artísticas essenciais, no que toca à reprodução das imagens, as quais, doravante, foram reservadas ao olho fixado sobre a objectiva”. (Freund, 1982)

Os pressupostos de Walter Benjamin objectivaram a remodelação dos conceitos de cultura e estética, a partir da experiência suscitada pela reprodutibilidade técnica, que na sua essência é a própria continuidade da ideologia mercantilista. Mas, por que esta questão aparentemente técnica adquiriu tal relevância? Ainda Walter Benjamin: porque tal “possibilidade multiplicativa fere os valores que convertiam, até agora, a obra numa espécie de sucedâneo de uma experiência religiosa”.
De facto, a relação da arte dependia da instauração de três elementos e da interacção dos mesmos: aura, valor cultural e autenticidade.

Além destes elementos, Benjamin referia-se também à unicidade, ou seja, a impossibilidade de reprodução da obra, a não ser pela sua falsificação. Questionando as origens filosóficas que conceituaram estes três elementos (aura, valor cultural e autenticidade) como fez o discurso industrial emergente, não é difícil perceber as consequências que abalaram os alicerces da teorização clássica. Em outras palavras, Benjamin, procurava a especificidade do discurso da arte na época da sua reprodutibilidade técnica. Neste sentido, a sua visão das novas formas de arte ( fotografia e cinema ), embora às vezes possa parecer contraditória , é a mais adequada à compreensão da indústria cultural. É a sua releitura do significado técnico da obra de arte que permite romper com posturas teóricas “mistificadas” e dadas como universalmente válidas.

Se na fotografia já estava contido o germe da reprodutibilidade técnica, com ela, agora, a câmara adere ao corpo como uma simples extensão do olhar que se dirige para onde se quer, uma espécie de terceiro olho, que permite fotografar sem pensar. Com as primeiras câmaras Kodak, lançadas em 1888, juntamente com o slogan “você carrega o botão, nós fazemos o resto”, presencia-se um corte radical, não só na História da Fotografia, como também na própria História da Modernidade. Surge não só uma nova relação com a luz, como também uma nova relação com o tempo. Fotografar tornou-se uma acção, um agir em si mesmo, e com idêntico grau de complexidade, apesar de se diferenciar, do acto de escrever.

Entretanto, a fotografia, enquanto técnica relativamente semelhante à que conhecemos hoje, surge no exacto momento em que os tradicionais meios de representação visual já se encontravam superados pela Revolução Industrial: o telégrafo, a máquina a vapor, a rotativa dos jornais e a explosão demográfica urbana, aliados à necessidade de escoar mercadorias, não poderiam mais depender dos demorados e imperfeitos processos artesanais de produzir imagens. Sempre existiu um espaço ideal e um momento propício para a adopção de determinada invenção pela sociedade. Neste contexto, portanto, não é difícil conceber que a viabilização da fotografia por meios técnicos - e de outras importantes invenções ocorridas entre os séculos XVII e XIX - nasceu de necessidades de ordem económica, social, política e cultural geradas nas sociedades em processo de industrialização crescente.

Como decorrência deste mesmo processo, a rápida absorção de tais inventos estava praticamente assegurada por parte da sociedade. As imagens desta nova era, mais do que nunca, precisavam de ser perfeitas e instantâneas, como o próprio espírito do capitalismo industrial emergente exigia. De todas as manifestações artísticas, a fotografia foi a primeira a surgir dentro do sistema industrial. Pode-se mesmo afirmar que a Fotografia não poderia existir como a conhecemos, sem o advento da indústria. Buscando atingir a todos, por meio de novos produtos culturais, a Fotografia possibilitou uma maior democratização do saber.

Obras

* A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica (1936).
* Paris, Capital do século XIX (inacabado).
* Teses Sobre o Conceito de História (1940).
* A Modernidade e os Modernos, Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975.
* "Haxixe", São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.
* Origem do Drama Barroco Alemão, trad. e pref. Sérgio Paulo Rouanet, São Paulo: Brasiliense, 1984.
* Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação, 3ª ed., trad. Marcus Vinicius Mazzari, São Paulo: Summus Editorial, 1984.
* Estéticas do Cinema, ed., apres. e notas Eduardo Geada, trad. Tereza Coelho, Lisboa: D. Quixote, 1985.
* Obras Escolhidas, v. I, Magia e técnica, arte e política, trad. S.P. Rouanet, São Paulo: Brasiliense, 1985.
* Obras Escolhidas, v. II, Rua de mão única, trad. de R.R. Torres F. e J.C.M. Barbosa, São Paulo: Brasiliense, 1987.
* Obras Escolhidas, v. III, Chrales Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo, trad. de J.C.M. * Barbosa e H.A. Baptista, São Paulo: Brasiliense, 1989.
* Documentos de Cultura, Documentos de Barbárie: escritos escolhidos, introd. Willi Bolle, trad. * Celeste H. M. Ribeiro de Sousa, São Paulo: Cultrix, 1986.
* Diário de Moscou, pref. Gershom Scholem, ed. e notas Gary Smith, trad. Hildegard Herbold, São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
* Histórias e Contos, trad. Telma Costa, Lisboa: Teorema, 1992.
* Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política, pref. Theodor W. Adorno, Lisboa: Relógio d`Àgua, 1992.
* Rua de Sentido Único e Infância em Berlim por Volta de 1900, pref. Susan Sontag, Lisboa: Relógio d`Água, 1992.
* O Conceito de Crítica de Arte no Romantismo Alemão, trad. pref. e notas de Márcio Seligmann-Silva, São Paulo: Iluminuras/ EDUSP, 1993.
* Correspondência: Walter Benjamin, Gershom Scholem, rev. Plinio Martins Filho, São Paulo: Perspectiva, 1993.
* Kafka, trad. e introd. Ernesto Sampaio, Lisboa, Hiena, 1994.
* Os Sonetos de Walter Benjamin, trad. Vasco Graça Moura, Porto: Campo das Letras, 1999.
* Leituras de Walter Benjamin, org. Márcio Seligmann-Silva, São Paulo: FAPESP, 1999.
* Origem do Drama Trágico Alemão, ed., apres. e trad. João Barrento, Lisboa: Assírio & Alvim, 2004.
* Imagens de Pensamento, trad. João Barrento, Lisboa: Assírio & Alvim, 2004.
* Passagens, org. W. Bolle, São Paulo: IMESP, 2006.
* Benjamin, Andrew, A Filosofia de Walter Benjamin, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1997.

Orlando Brito

Considerado um ícone do fotojornalismo brasileiro, o fotógrafo Orlando Péricles Brito começou a profissão no jornal "Última Hora", em 1964, quando tinha apenas 14 anos. A partir de então, não parou de aguçar seu olhar no sentido de enquadrar a realidade brasileira nas lentes da máquina fotográfica.

Fotografou para a revista "Veja" durante 16 anos, na qual chegou ao cargo de editor, e também para os jornais "O Globo" e "Jornal do Brasil". Fez inúmeras viagens, passando por mais de 50 países.

Brito trabalhou com vários temas, como política, economia, terras, índios, esportes, turismo e questões sociais. Em plena ditadura ele tinha ousadia e estava sempre atento para fotografar questões políticas e sociais. Mesmo que muitas de suas fotos não tenham sido publicadas, Brito sabia que seus cliques eram importantes para registrar a história do País. "Por mais que seja censurado, um jornalista não pode abdicar de sua obrigação de relatar com isenção aquilo que pode ver. Esta é a regra de todos e foi assim que trabalhei em tempos como aqueles", afirmou o fotógrafo.

O fotografo é autor de quatro livros de fotografia: "Perfil do Poder" (1982), "Senhoras e Senhores" (1992), "Poder, Glória e Solidão" (2002), "Iluminada Capital" (2003) e também está presente em mais 30 livros coletivos. Os dois primeiros são resultado da cobertura política que já havia desenvolvido.

O profissionalismo e a qualidade de seu trabalho resultaram em reconhecimento. Ganhou vários prêmios, dentre os quais o World Press Photo, do Museu Van Gogh, de Amsterdam, e o prêmio Abril de Fotografia.

Hoje, dirige sua própria agência de fotografias, a ObritoNews, trabalha em três livros simultaneamente, e ministra cursos. Mesmo assim, não parou de fotografar, pelo contrário, ele diz que agora é que está fotografando mesmo.

Mostras individuais
2003 – Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro

Exposições coletivas:
1980 – 1ª Trienal de Fotografia, Museu de Arte Moderna de São Paulo
1991 – Um Sonho Intenso, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
1993 – Contrastes e Confrontos, Funarte, Rio de Janeiro
1995 – Fotografia Brasileira Contemporânea, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro
1995 – Bienal Fotojornalismo Brasileiro, Fundação Bienal, São Paulo
2002 – Fotografias no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo

Publicações:
- Perfil do Poder. Brasília: Editora Ágil Fotojornalismo, 1981
- Poder: Glória e Solidão. São Paulo: Terra Virgem, 2002.